A pandemia do novo coronavírus têm causado uma série de mudanças não só no dia a dia das pessoas como também na forma como a área da saúde tem diversificado o atendimento e se tornado cada vez mais tecnológica e digital. É o caso das tele consultas e da receita digital.
Se tratando da teleconsulta, os médicos mudaram a maneira de prescrever seus medicamentos e as pessoas que fazem uso de remédios de uso contínuo mudaram seu jeito de se consultarem com esses profissionais sendo agora muito por meio da tele consulta.
Já a receita digital é a nova forma que os pacientes têm de acessar suas receitas para comprarem seus medicamentos nas drogarias, nas quais, tiveram que se adaptarem para receber o novo formato de documento. Agora os estabelecimentos recebem a receita online sem precisarem de manusear o papel com a prescrição médica.
A empresa heathtech pioneira e líder em prescrição digital no país chamada Memed explica que o antes era somente um projeto piloto, restrito às grandes redes de farmácia, e hoje já é uma realidade em mais de 22 mil drogarias no Brasil. O site da empresa é 100% gratuito para médicos e drogarias e suas receitas podem ser assinadas por diversos tipos de certificados padrão ICP-Brasil, seguindo todos os padrões e orientações do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Conselho Federal de Farmácia (CFF).
A receita digital não é só voltada para as grandes redes de farmácias com as principais bandeiras do Brasil, mas, para as redes independentes também. Já são 867 diferentes bandeiras no país. O estado de São Paulo é o que possui o maior número de bandeiras aceitando a receita digital com 318, em segundo colocado está Minas Gerais com 124, Paraná com 101 e Rio Grande do Sul com 100. Em relação as farmácias independentes que são associados à Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar), dos 58 estabelecimentos 49, ou seja, 84,48% já estão inseridos na plataforma da Memed.
Ainda de acordo com os dados sobre as farmácias independentes, nos estados como Bahia, Goiás, Paraná e Rio Grande do Sul, o número de adesão nessa modalidade é de 100%. São Paulo e Minas Gerais não chegam a 100% mas, estão com 93,75% um e o outro com 91,6% e também estão entre os maiores estados com número de estabelecimentos independentes que aceitam as receitas digitais. Além disso, atualmente mais de 130 mil médicos estão cadastrados na plataforma da empresa e apenas no primeiro trimestre deste ano de 2020 dois milhões de prescrições foram realizadas eletronicamente.
Antes da pandemia o atendimento ao paciente de forma tecnológica não era tão evidente e com isso o atraso da adoção a receita digital como de outras plataformas era maior. Nesse sentido, desde 2012 a empresa Memed trabalha para criar um sistema digital e mudar o cenário tradicional com receitas manuscritas em receitas totalmente digitais. Segundo o CMIO da Memed, Rafael Moraes, a pandemia foi quase uma imposição para que os médicos, pacientes e drogarias aderissem ao sistema digital.
O lado bom dessa aceitação tanto dos profissionais da saúde como dos estabelecimentos às plataformas digitais é que as receitas agora são mais claras em termos de tratamento e dosagem e requerem menos interpretação por parte do farmacêutico, reduzindo assim erros de prescrição e medicação. Além dos mais, estudos já apontaram que 28% das receitas manuscritas não chegam a farmácia, outra questão importante é que a transmissão eletrônica da receita para a farmácia aumenta a possibilidade de a receita chegar até o destino, tendo em vista que mais de um terço dos pacientes esquecem de levar o papel com a prescrição médica até as farmácias.
Outro benefício da receita digital é a melhora no tempo de atendimento, pois, antes o farmacêutico perdia lendo e conferindo as receitas. A segurança do paciente também é maior já que a legibilidade melhor ajuda a diminuir os erros de medicação e os eventos adversos. As drogarias que possuem a prescrição eletrônica também podem fornecer aos farmacêuticos total visibilidade de todas as alergias documentadas e medicamentos prescritos anteriormente dos pacientes e assim acionar alertas clínicos no caso do potencial para reações negativas.
A expectativa é que o número de farmácias com prescrição eletrônica aumente e que haja uma mudança para que os médicos prossigam prescrevendo digitalmente com as ferramentas digitais evoluindo. É preciso fazer outros ajustes técnicos em relação as plataformas também como, por exemplo, capacidades que evitem a dupla dispensação e apontem na receita se aquele medicamento já foi vendido por outra drogaria ou não.
"Vamos seguir trabalhando, sempre em paralelo aos Conselhos Federais de Medicina e Farmácia. Também estamos à disposição para apoiar os demais órgãos em quaisquer questões que envolvam o ecossistema digital de saúde. Sempre visando facilitar a vida de todo mundo e garantir a segurança, até do ponto de vista de proteção de dados", declara Moraes.
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Fonte: Conselho Federal de Farmácia
Imagem: Freepik