A diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a aplicação de testes rápidos para a detecção do novo coronavírus em farmácias. Com a decisão, a realização deixará de ser aplicada apenas em ambiente hospitalar e clínicas das redes públicas e privadas.
De acordo com Antonio Barra Torres, diretor presidente substituto da Anvisa, o aumento na realização de testes será uma estratégia útil para diminuir a aglomeração de pessoas nos hospitais e também para reduzir a procura dos serviços médicos em estabelecimento das redes públicas.
No entanto, apesar da liberação da Anvisa as farmácias não serão obrigadas a disponibilizar o teste. Além disso, o estabelecimento que optar pelo procedimento deverá ter profissional qualificado para realização do exame.
A realização dos exames não servirá para a contagem de casos do coronavírus no país. Em seu voto, Barra Torres, que foi o relator do processo, destacou ainda que o teste não terá efeito de confirmação do diagnóstico para o coronavírus, uma vez que há a possibilidade de o teste apontar o chamado "falso negativo" quando o paciente é testado ainda nos primeiros dias de sintomas.
"Os testes imunocromatográficos não possuem eficácia confirmatória, são auxiliares. Os testes com resultados negativos não excluem a possibilidade de infecção e os positivos não devem ser usados como evidência absoluta de infecção. Assim, devendo ser realizados outros exames laboratoriais confirmatórios", disse.
A liberação dos testes rápidos em farmácias enfrentava resistências, devido a questões sanitárias e ligadas também à eficácia dos exames. Ao comentar a aprovação da realização dos testes em farmácias, Barra Torres lembrou que esses testes vem sendo feitos por determinação de alguns governos locais.
Contudo, a liberação desses testes será temporária e deve durar durante o período de emergência de saúde pública nacional decretado pelo Ministério da Saúde em fevereiro deste ano.
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Fonte: Guia da Farmácia
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