Os serviços farmacêuticos clínicos têm o intuito de promover a qualidade na assistência à saúde para o paciente. A finalidade é prover ao paciente uma farmacoterapia racional e segura. Segundo a Doutora em Ciências da Saúde, Tatyana Matteucci, um dos principais objetivos do trabalho farmacêutico em oncologia é regular a farmacoterapia adequada ao paciente, aumentando as chances de êxito terapêutico, diminuindo os riscos do uso de medicamentos e melhorando a qualidade de vida do paciente. Neste contexto, o farmacêutico realiza atendimento domiciliar, ambulatorial e hospitalar, buscando sempre avaliar e orientar o paciente para que não faça o uso de medicamento de forma inadequada.
"O farmacêutico é uma importante barreira para garantir a segurança no uso de medicamentos. Na oncologia ele pode realizar o acompanhamento farmacoterapêutico, seguindo o paciente durante todo o tratamento, monitorando a ocorrência de efeitos adversos, sempre comunicando os médicos e outros profissionais na área da saúde, melhorando o máximo possível o resultado do tratamento do paciente", diz Tatyana.
Para a doutora, o paciente com uso de medicamentos em oncologia está sujeito a muitas reações adversas, por isso uma das atividades do farmacêutico é a farmacovigilância, em que o farmacêutico faz o monitoramento do paciente, reconhece essas reações, faz orientações ao paciente e ao médico para minimizar os danos dessa situação. Quando o indivíduo está hospitalizado, faz-se a conciliação destes medicamentos, identificando quais medicamentos o paciente estava utilizando em casa, para garantir que a farmacoterapia vai continuar sendo seguida durante a internação hospitalar, e conciliar com os medicamentos novos que serão prescritos durante a internação.
Lembrando que o farmacêutico em oncologia não faz a prescrição, somente o médico é habilitado para essa função. Sendo o farmacêutico um grande aliado do prescrito, avaliando e monitorando a prescrição de medicamentos para a segurança do paciente.
De acordo com o Conselho Federal de Farmácia (CFF), foi instituído no dia 16 de abril, a resolução nº 623, que estabelece uma titulação mínima para a atuação do farmacêutico na oncologia, no qual entra em vigor em 2019.
Para exercer as atividades na oncologia, o farmacêutico deverá atender os seguintes critérios:
Terá que ter título de especialista emitido pela Sociedade Brasileira de Farmacêuticos em Oncologia.
Residir na área de Oncologia.
Emitir egresso em pós-graduação latu sensu, reconhecido pelo Ministério da Educação, na área.
Possuir 5 anos ou mais na atuação da área, sendo comprovado na carteira de trabalho ou ter uma declaração descrevendo os serviços prestados.
Para os farmacêuticos que atuam na área, terá um prazo de 36 meses para regularizar o currículo e a titulação.
Autor: Raquel Lima
Fonte de imagem: Google