Pesquisadores franceses acreditam que o fármaco Baclofeno pode funcionar como uma cura para o alcoolismo quando administrado em altas doses, segundo pesquisa realizada por eles no período de maio de 2012 a junho de 2013.
O estudo dividiu um grupo de 320 pessoas com o hábito de beber bastante, com idade entre 18 e 65 anos, onde alguns participantes receberam doses elevadas do fármaco, enquanto outros receberam pílulas "placebo".
Nenhum participante foi convidado a parar de consumir bebidas alcoólicas, no entanto, 57% daqueles que adquiriram a droga real pararam de beber ou beberam menos, comparados a 37% daqueles que adquiriram o placebo. Um segundo estudo também obteve resultados parecidos, e os que receberam o medicamento fizeram cortes maiores no consumo da bebida em comparação aos que receberam o placebo.
Originalmente, o fármaco foi projetado e muito utilizado no tratamento de espasmos musculares, mas em 2014 as autoridades francesas aprovaram provisoriamente o uso de Baclofeno para o tratamento do alcoolismo.
Acredita-se também que em outros países muitas pessoas também fazem o uso do medicamento sem receita médica com o intuito de combater o alcoolismo, e o interesse mundial pelo fármaco foi provocado em 2008 pelo livro "Le Dernier Verre" (O Último Copo, em tradução livre), do cardiologista francês-americano Olivier Ameisen, onde o autor afirmou ter auto tratado seu alcoolismo com altas doses de Baclofeno.
Após outros estudos, várias hipóteses têm surgido através de descobertas contraditórias. Um exemplo disso é que uma pesquisa realizada por holandeses afirmou que um simples aconselhamento pode ter resultados semelhantes no combate ao alcoolismo em relação aos do uso da droga, e advertiram que a não comprovação da eficácia do remédio e pode tornar a aprovação do uso do mesmo em grandes quantidades irresponsável.
Já em 2017, o laboratório que desenvolve a droga disse que apresentará um pedido oficial para a comercialização do Baclofeno no tratamento do alcoolismo na França. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 3,3 milhões de pessoas no mundo morrem anualmente como resultado do uso nocivo de álcool, o que corresponde a 6% do total de todas as mortes no mundo.
Fontes de conteúdo: Hypescience, ZH Notícias
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