Uma nova pomada cicatrizante promete resultados de qualidade semelhante, mas preço cerca de quatro vezes menor em relação aos concorrentes. Os pesquisadores mineiros Paulo César Stringheta e Aloísio José dos Reis, junto a uma equipe de profissionais da Universidade Federal de Viçosa, desenvolveram um creme à base de semente de urucum que promete tais benefícios.
O produto, lançado há três meses, é fruto de uma pesquisa de 17 anos, que estabeleceu que o urucum tem propriedades anti-inflamatórias e cicatrizantes. Os pesquisadores desenvolveram uma linha de produtos fitoterápicos à base de semente de Urucum, capaz de reduzir o tempo de cicatrização das lesões cutâneas. Além disso, o creme deve reduzir a vermelhidão, o inchaço e a dor causados por ferimentos.
Foram criadas quatro variações da pomada: uma para tratar lesões de diabéticos; uma para psoríase e demais dermatites, uma direcionada a queimaduras de 1º e 2º grau; e uma pensada para idosos e demais indivíduos de pele debilitada. Os responsáveis pela pesquisa desenvolveram tecnologia própria capaz de retirar o extrato do fruto de forma mais eficiente e a baixo custo. Paulo Stringheta, um dos responsáveis pela criação do creme, afirma que os resultados são superiores aos de produtos similares.
— O diferencial é que os produtos são feitos com extratos naturais. Não são fármacos, mas sim dermocosméticos. Por ser um produto com princípios ativos de origem natural, não apresenta qualquer contraindicação no uso em lesões dermatológicas e para a melhoria da proteção da pele. Péricles Fernandes, pesquisador e diretor de produção da Profitus, empresa que desenvolve a pomada, afirma que ela será capaz de ajudar diabéticos cuja doença está descompensada.
— Em diabéticos sem controle da doença, os membros inferiores podem ser muito afetados, causando lesões que podem levar à amputação. A pomada poderá cicatrizar esses ferimentos e até reverter casos graves. Ainda segundo o especialista, o medicamento não traz contraindicações.
— O urucum pode ser inclusive ingerido, então seu uso tópico não traz problemas. Há casos raros de possíveis alergias ao extrato da semente do fruto, mas são excepcionais. Agora, os pesquisadores se empenham na produção de novos medicamentos para tratar herpes, afta, acne e micoses.
Fonte: R7
Fonte: Farmacêutico Márcio Antoniassi
Fonte da imagem: Farmacêutico Márcio Antoniassi