A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou, nesta segunda-feira (31), a composição da vacina contra gripe que estará disponível no país em 2017. Pela primeira vez desde 2010, a vacina trará uma nova cepa do vírus Influenza A/H1N1. Isso porque foi constatado que o vírus sofreu alterações genéticas no último ano. O vírus da gripe passa por mutações frequentes. Por isso, todo ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) faz uma previsão de quais serão os vírus Influenza que devem circular no inverno do hemisfério norte e do hemisfério sul com base em amostras de pacientes coletadas em centros sentinela distribuídos em todo o mundo.
Com base nessa informação, a Anvisa determina qual deve ser a composição da vacina daquele ano, informação usada pelos laboratórios que produzem a vacina no Brasil. O processo de desenvolvimento da vacina é complexo e leva, em média, 6 meses. De acordo com a resolução da Anvisa publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira, a vacina de Influenza trivalente de 2017 deverá conter os seguintes vírus:
– Influenza A (H1N1), subtipo Michigan/45/2015
– Influenza A (H3N2), subtipo Hong Kong/4801/2014
– Influenza B, subtipo Brisbane/60/2008
Já a vacina de Influenza tetravalente deve conter, além dessas três cepas, o vírus Influenza B, subtipo Phuket/3073/2013. De 2016 para 2017, a única mudança da composição da vacina contra gripe será a cepa do vírus Influenza A (H1N1), os demais permanecerão iguais.
Grupos vulneráveis devem se vacinar todo ano – Independentemente de a composição da vacina de gripe mudar de um ano para o outro, os grupos mais vulneráveis devem se vacinar todos os anos. Isso porque, mesmo quando as cepas dos vírus permanecem as mesmas, a quantidade de anticorpos diminui ao longo dos meses, reduzindo o grau de proteção. A campanha nacional de vacinação contra gripe ocorre geralmente entre abril e maio. Na rede pública, a vacinação contra influenza é destinada a alguns grupos prioritários: crianças de 6 meses a 5 anos, gestantes, idosos, profissionais da saúde, povos indígenas e pessoas portadoras de doenças crônicas e outras doenças que comprometam a imunidade.
Fonte: G1
Fonte: Farmcêutico Márcio Antoniassi
Fonte da imagem: Carta Educação