Os primeiros resultados dos testes com a fosfoetanolamina (FOS), a chamada "pílula do câncer", foram apresentados ao ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera. Os testes com a molécula estão sendo conduzidos pelo Laboratório de Avaliação e Síntese de Substâncias Bioativas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lassbio).
Os especialistas do Lassbio experimentaram a substância cedida pela Universidade de São Paulo (USP), além de seguir os passos de desenvolvimento da fosfoetanolamina com base na patente depositada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpe) e de sintetizar a substância pura. Nos próximos dias serão divulgados os resultados consolidados desta primeira etapa da pesquisa.
Com esses elementos, em breve se inicia a fase de testes clínicos em células cancerígenas e em animais, a ser conduzida pelo Centro de Inovação e Ensaios Pré-Clínicos (CIEnP) e pelo Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos da Universidade Federal do Ceará (NPDM/UFC). Esta etapa servirá para avaliar uma possível toxicidade da fosfoetanolamina para o uso humano.
"Vamos trabalhar com a análise dessas substâncias pelo CIEnP e pelo NPDM e vamos trabalhar com a parte de análise de células, usando células humanas e também animais de laboratório. Isso está dentro da nossa expectativa, de no prazo mais curto possível ter a resposta de que tenhamos, ao menos, a segurança de que ela não é tóxica para o uso humano", explicou Celso Pansera.
No total, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) vai investir, em três anos, R$ 10 milhões nos estudos da fosfoetanolamina.
Portal
O Ministério lançou um site sobre os estudos realizados com a fosfoetanolamina, que vai informar as etapas das pesquisas desenvolvidas pelos institutos credenciados e divulga os relatórios do Grupo de Trabalho (GT) instituído pelo Ministério da Saúde, para acompanhar o andamento das pesquisas e eficácia da substância no tratamento do câncer.
Um cronograma foi definido para a conclusão de 80% dos estudos pré-clínicos em sete meses, a partir da distribuição de amostras da molécula aos laboratórios credenciados, o que ocorreu em dezembro de 2015.
Fonte: Conselho Regional de Farmácia do Paraná