Uma nova vacina antitabaco está sendo desenvolvida com o objetivo de impedir que a nicotina chegue ao cérebro e inibir a sensação de prazer proporcionada pelo cigarro.
A vacina, nesse caso, é terapêutica — ou seja, serve para ajudar no tratamento de quem fuma e deseja parar, e não para prevenir a dependência.
A ideia é deixar a molécula de nicotina tão grande a ponto de ela não conseguir atravessar a membrana cerebral.
Isso, em tese, é conseguido porque a vacina leva à formação de anticorpos que se unem às moléculas de nicotina, formando um composto maior.
Os testes da vacina, desenvolvida pela Pfizer, ainda estão na primeira de três fases de testes. Nessa etapa, são avaliados itens como segurança, tolerância e capacidade de gerar resposta imunológica.
O produto está sendo testado em 275 pessoas com idades entre 18 e 60 anos no Canadá.
Em 2011, porém, outra vacina com mecanismo semelhante não demonstrou sucesso na última fase de estudos. A NicVax, da Nabi Biopharmaceuticals, conseguiu que apenas 11% das pessoas parassem de fumar após um ano, taxa semelhante à do placebo.
Questionada sobre as diferenças entre as duas vacinas, a Pfizer afirmou que "não tem como comentar o desempenho de produtos de outros laboratórios" e que "até o momento, os resultados são promissores".
Fonte: Folha de S.Paulo