Em Genebra, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou que dos 133 países que responderam uma pesquisa sobre ações contra a resistência antimicrobiana, apenas 34 declararam ter planos nacionais para evitar que vírus e bactérias resistam a medicamentos.
As regiões com a maior proporção de países que têm planos do tipo são o sudeste da Ásia e a Europa, com 45% e 43%, respectivamente. Da região das Américas, 26 países responderam a pesquisa, incluindo o Brasil. No entanto, somente três nações, cujos nomes não foram divulgados, garantiram ter um programa contra a resistência a antibióticos.
A OMS destaca que existem "enormes brechas nas ações necessárias para prevenir o mal uso dos antibióticos e reduzir a resistência". De acordo com o diretor-assistente da agência para Segurança de Saúde, Keiji Fukuda, "este é o maior desafio das doenças infecciosas atualmente".
Ele acrescenta, ainda, que todos os tipos de vírus e parasitas estão se tornando resistentes aos medicamentos — algo que ocorre em todas as partes do mundo. Assim, segundo Fukuda, os países precisam fazer sua parte para combater essa "ameaça global".
A pesquisa da OMS é a primeira a compilar a resposta dos governos à resistência a medicamentos usados para tratar infecções do sangue, pneumonia, tuberculose, malária e HIV.
Ter um plano nacional, aumentar a vigilância e a capacidade dos laboratórios e garantir acesso a medicamentos essenciais são algumas ações listadas pela organização que devem ser implementadas pelos governos.
Fonte: O Globo