As doenças do sangue são chamadas de doenças hematológicas. Para algumas doenças, a forma mais comum de tratamento é a associação de medicamentos, em outras, apenas a realização do transplante de medula óssea pode ser a melhor alternativa para controlar a doença.

A aplasia de medula óssea é uma doença que resulta da falência da medula óssea em produzir células sanguíneas. Assim, quando a produção dessas células não ocorre em função do mal funcionamento da medula óssea, os níveis das células no sangue caem, há o aparecimento de sintomas como palidez e cansaço decorrente da anemia, sangramento (plaquetopenia) e infecções graves que colocam o indivíduo sob risco de morte. Ocorre mais frequentemente em adultos jovens, sem predomínio ao sexo.

O paciente com aplasia de medula não produz suficientemente as células do sangue e por isso, frequentemente recebe transfusões, seja de concentrado de hemácias (para correção de anemia grave) ou de plaquetas (em caso de sangramentos).

A diminuição dos glóbulos brancos leva à diminuição das defesas do organismo causando infecções frequentes, sendo tratadas com antibióticos, antifúngicos e antivirais. O paciente com aplasia de medula deve evitar o contato com pessoas doentes, recém-vacinadas e ambientes com aglomeração de pessoas.

Os medicamentos utilizados para o tratamento são chamados drogas imunossupressoras que agem estimulando a produção de células sanguíneas pela medula óssea que está sem atividade. Como exemplo, temos a ciclosporina (uso via oral) e o ATG (soro anti-timocítico de uso intravenoso) e corticosteroides. Estas drogas podem ou não ser utilizadas em associações.

O tratamento com medicamentos é uma decisão médica, caso o transplante de medula óssea não seja a melhor opção. Ele pode ser recomendado desde o início do tratamento, enquanto se procede a busca de um doador compatível.

Os tratamentos de suporte são importantes, porém o único tratamento potencialmente curativo é o transplante alogênico de medula óssea, principalmente para aqueles pacientes refratários ao tratamento com imunossupressor.

Fonte: Grupo de apoio ao transplantado de medula óssea