Pesquisadores da Universidade Queen Mary de Londres, na Grã-Bretanha, anunciaram um novo tratamento para câncer de bexiga em estágio avançado, uma doença para a qual não houve avanços nos últimos 30 anos. A descoberta foi relatada no periódico Nature.

A pesquisa analisou um anticorpo (MPDL3280A) que bloqueia uma proteína (PD-L1) conhecida por ajudar as células cancerígenas a escaparem da vigilância do sistema imune e se espalharem pelo corpo.

Na primeira fase do estudo, 68 pacientes em estágio avançado de câncer de bexiga (que não responderam a tratamentos como a quimioterapia) receberam um remédio com o anticorpo MPDL3280A. Dos voluntários, 30 tinham tumores relacionados à proteína PD-L1.

Resultados

Depois de seis semanas de tratamento, o tumor regrediu em 43% dos participantes cujo câncer era associado à proteína. Essa porcentagem subiu para 52% após doze semanas. Em dois pacientes (7%), o câncer desapareceu. Entre os voluntários que tinham tumores não relacionados à proteína, 11% responderam positivamente à terapia.

"Esse estudo é um grande avanço na busca por um tratamento alternativo e eficiente para o câncer na bexiga. Por décadas, a quimioterapia foi o único tratamento para essa doença em estágio avançado. A resposta à quimioterapia é ruim e muitos pacientes são doentes demais para lidar com ela", afirma o líder do estudo, Thomas Powles, oncologista da Universidade Queen Mary de Londres.

Os resultados são tão otimistas que a droga foi avaliada como inovadora pela Food and Drug Administration (FDA), agência americana que regula alimentos e medicamentos. Outros estudos estão em andamento para confirmar os resultados.

Fonte: Veja