Chances do problema podem ser até 20% mais elevadas, principalmente se criança é exposta ao medicamento pelo menos quatro vezes nessa idade.
Um novo estudo americano é mais um a sugerir a que os antibióticos podem levar a problemas relacionados ao peso. Segundo a pesquisa, feita com quase 65 000 crianças, o uso desses medicamentos antes dos 2 anos de idade aumenta a probabilidade de obesidade infantil.O trabalho, publicado nesta segunda-feira no periódico Jama Pediatrics, foi feito no Hospital Infantil da Filadélfia. Os pesquisadores analisaram dados de 64 580 crianças, recolhidos entre 2001 e 2013.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Association of Antibiotics in Infancy With Early Childhood Obesity
Onde foi divulgada: periódico Jama Pediatrics
Quem fez: Charles Bailey, Christopher B. Forrest, Peixin Zhang, Thomas M. Richards, Alice Livshits e Patricia A. DeRusso
Instituição: Hospital Infantil da Filadélfia; Universidade da Pensilvânia; e Faculdade de Saúde Pública da Johns Hopkins, Estados Unidos
Resultado: O uso de antibiótico antes dos 2 anos de idade pode aumentar em até 20% a chance de obesidade infantil, principalmente se são prescritos antibióticos de amplo espectro e mais do que quatro vezes.[/p[p]Segundo o estudo, mais de dois terços das crianças tomaram antibióticos antes de completarem dois anos. Entre elas, a chance de obesidade infantil foi de 2% a 20% maior do que o de crianças que não foram expostas ao tratamento nessa faixa etária. Os principais fatores que contribuíram com a diferença desse risco foram a frequência do uso de antibiótico e o tipo do medicamento usado.[/p[p]Por exemplo, a maior propensão à obesidade infantil foi observada em crianças que foram tratadas com antibióticos pelo menos quatro vezes antes dos dois anos. Além disso, o excesso de peso na infância foi associado principalmente ao uso de antibióticos de amplo espectro, que são usados para combater várias bactérias diferentes.Para os autores do estudo, as diretrizes sobre o tratamento de doenças pediátricas devem impor limites no uso de antibióticos e dar preferência a medicamentos de espectro reduzido. "A nossa pesquisa dá uma razão sólida para considerar com mais cuidado as razões para os usos de antibióticos e evitá-los sempre que possível", diz Patricia Vuguin, endocrinologista pediátrica do Hospital Infantil da Filadélfia e uma das autoras do trabalho.
Segundo a equipe, pesquisas futuras devem observar de que forma outros fatores de risco para a obesidade infantil – como sedentarismo, má alimentação e histórico familiar – influenciam na ação dos antibióticos sobre o excesso de peso.
Fonte: Control Quality Assessoria Farmacêutica