Os métodos contraceptivos clássicos, como pílulas anticoncepcionais, DIU, diafragma e a camisinha, são habitualmente usados antes e/ou durante as relações sexuais. Porém, por motivos diversos, todos os dias milhares de mulheres acabam tendo relações sexuais sem a devida proteção de um método de controle de natalidade, passando a estar sob elevado risco de desenvolver uma gravidez. Nestes casos, ainda há uma alternativa: a contracepção de emergência.
A contracepção de emergência, mais conhecida sob a forma da pílula do dia seguinte, é um método contraceptivo que pode ser usado após a relação sexual, sendo capaz de inibir uma gravidez quando a mulher imagina ter tido relações sem as devidas precações anticoncepcionais. É importante frisar que a contracepção de emergência é um método de controle de natalidade para ser usado ocasionalmente, em situações de emergência. De forma alguma a pílula do dia seguinte deve ser usada habitualmente, como substituta dos métodos tradicionais de controle de natalidade.
A contracepção de emergência, também chamada de contracepção pós-coito, é uma medida de controle de natalidade que pode ser usada depois da relação sexual ter sido realizada. A contracepção de emergência deve ser usada pelas mulheres que não desejam engravidar, mas tiveram relações sexuais sem a devida proteção de um método contraceptivo.Existem duas formas de contracepção de emergência:- Pílulas anticoncepcionais de emergência, mais conhecidas como pílula do dia seguinte;- Dispositivos intrauterinos, conhecidos como DIU.
O DIU é um método contraceptivo que é efetivo mesmo se implantado depois da relação sexual já ter ocorrido.
Após uma relação sexual desprotegida, a pílula do dia seguinte deve ser tomada o mais rápido possível, de preferência dentro das primeiras 72 horas (3 dias). Porém, apesar do clássica recomendação de 72 horas, até o limite de 120 horas (5 dias) a contracepção de emergência pode ainda ser eficaz. É importante notar, entretanto, que a cada dia que passa a eficácia contraceptiva do esquema se reduz, principalmente após as primeiras 72 horas.
Nos EUA, Portugal e outros países da Europa (mas não no Brasil) já é comercializado o acetato de ulipristal (ellaone®), uma pílula do dia seguinte que mantém elevada eficácia até 120 horas.
INDICAÇÕES PARA O USO DA PÍLULA DO DIA SEGUINTE
1. Se você teve relação sexual vaginal sem a proteção de nenhum método anticoncepcional (camisinha, DIU, pílula, implante, diafragma…) nas últimas 120 horas.
2. Se você nas últimas 120 horas teve relações sexuais e usou um método anticoncepcional de forma incorreta ou se o mesmo sabidamente apresentou falhas. Isto inclui as seguintes situações::[p]-Camisinha que estourou, que foi usada de modo incorreto ou que saiu do pênis durante o ato sexual.
- Mulher que normalmente toma pílulas anticoncepcionais contendo estrogênio e progesterona e se esqueceu de tomar a pílula por dois dias seguidos.
- Mulher que normalmente toma pílulas anticoncepcionais contendo apenas progesterona (chamada de minipílula) e atrasou sua tomada em mais de três horas.
- Mulher que normalmente usa injeções de acetato de medroxiprogesterona (também chamado de Depo-Provera®) e atrasou sua injeção mais do que duas semanas.
- Mulher que normalmente usa adesivos anticoncepcionais e os retirou antes ou depois do tempo programado.
- Diafragma ou preservativo feminino que se rompeu ou saiu do lugar.
- DIU que saiu acidentalmente.
Atenção: a pílula do dia seguinte é um método contraceptivo de emergência e assim deve ser encarada. Devemos ter todo o cuidado para não banalizar o uso da pílula do dia seguinte, não só porque ela não é tão efetiva quanto os métodos de controle de natalidade tradicionais, como também porque a dose de hormônios contida na mesma é mais elevada do que nos anticoncepcionais comuns, podendo causar efeitos colaterais graves se usada repetidamente.
Fonte: MD. Saúde