Um estudo alemão, mais especificamente da Universidade Técnica de Munique, comparou o sangue de 16 doadores que posteriormente foram diagnosticados com a doença ao de outros 16 da mesma idade e sexo, mas que não a desenvolveram. O que os pesquisadores descobriram foi a presença de um anticorpo, chamado KIR4.1, em todos os membros da primeira turma.
Segundo o estudo, uma vez detectada a presença dessa molécula no indivíduo, ele muito provavelmente manifestará a doença em algum momento da vida, o que não significa que a ausência do KIR4.1 na circulação é sinônimo de que o distúrbio nunca surgirá. Ainda que precise de mais aprofundamento — estamos longe de poder pedir ao médico essa avaliação —, o trabalho chama atenção no mundo científico, uma vez que lidar com a desordem antes dela começar a provocar estragos pode melhorar a qualidade de vida.
A esclerose múltipla não possui cura e suas causas são desconhecidas. Só se sabe que ela se manifesta quando há danos ou destruição da bainha de mielina, estrutura que recobre uma parte dos neurônios. Essa degeneração, por sua vez, acarreta dificuldades para coordenar os movimentos, dores, alterações na visão, perda de memória.
Fonte: Revista Saúde