O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, explicou que o esquema de vacinação adotado pela pasta é recente mas já é utilizado em países como Canadá e Suíça.
Segundo ele, ficou comprovado que, com apenas duas doses, a menina já está protegida. A ideia de aplicar a terceira doses cinco anos depois consiste em prolongar o efeito protetivo da imunização.
"Vários estudos científicos demonstram que o uso da vacina reduz a prevalência do HPV mesmo entre os não vacinados. É o efeito rebanho ou de imunidade coletiva. Quando você vacina essas meninas, elas deixam de transmitir o vírus e você vai quebrando a cadeia de transmissão", disse, ao destacar que, nos Estados Unidos, foi registrada uma queda da infecção por HPV entre meninos após a imunização de meninas.
Para Jarbas, a eficácia da vacina é indiscutível. Segundo ele, a Organização Mundial da Saúde (OMS) se reuniu em junho do ano passado e revisou dados relativos à imunização contra o HPV. O relatório emitido pelo órgão garantia a segurança da imunização.
"Essa vacina vai ser uma ferramenta muito importante e a combinação [vacina e papanicolau] pode fazer a gente pensar, em uma ou duas décadas, no câncer de colo de útero cada vez mais raro. Mas, para chegar lá, vamos ter que vacinar muito e aumentar a adesão das mulheres ao papanicolau. Estamos diante de um cenário otimista como em poucas vezes a gente tem em relação ao câncer."
Fonte: Exame