Muitas vezes, as pessoas não percebem uma relação direta entre os efeitos conjuntos da bebida e do medicamento. Mas, tanto o álcool quanto as substâncias que compõem os fármacos precisam ser absorvidas, distribuídas, metabolizadas e excretadas no organismo. Quando administrados simultaneamente, esses processos podem ficar prejudicados. Como o álcool influencia diretamente na absorção de substâncias no estômago, na metabolização do fígado e na excreção pelos rins, o uso de bebidas pode intensificar de maneira perigosa ou diminuir drasticamente a ação do medicamento. O mesmo acontece com os fitoterápicos, que são substâncias de origem natural, porém, comportam-se como medicamentos quando ingeridos.
O tipo de bebida e as características individuais dos medicamentos influenciam diretamente na forma e intensidade das reações. Os efeitos no organismo podem variar de intensidade dependendo do indivíduo e da quantidade ingerida, do horário e do tempo de utilização do medicamento. Pessoas idosas, mulheres e asiáticos podem apresentar características metabólicas um pouco diferenciadas, o que pode potencializar os efeitos do álcool no organismo.
As reações adversas variam desde alterações gastrointestinais, como náuseas e vômitos, ou reações mais intensas como dores de cabeça, palpitações, hipotensão, tontura, taquicardia, convulsões, intoxicação aguda, coma e até a morte.
Em alguns casos, mesmo que a pessoa consuma bebida alcoólica em horário distinto da medicação, existe o risco da ocorrência de reações adversas graves. O mais importante é que o usuário, ao comprar o medicamento, procure a orientação de um farmacêutico para se esclarecer sobre a forma correta e segura de administrá-lo. Na dúvida, é sempre recomendado não beber.
Fonte: CRFMG