Médicos, biomédicos e pesquisadores vêm se empenhando há anos para encontrarem a cura para o HIV, vírus este que atinge, segundo estimativas de 2016, cerca de 38,8 milhões de pessoas no mundo.
Em 2015, a amfAR (Fundação Americana para Pesquisa da Aids – EUA) anunciou um investimento de US$ 100 milhões (R$313 milhões) em pesquisas relacionadas à doença, através da campanha "Countdown to a cure for HIV/AIDS" (Contagem regressiva para a cura da Aids), e graças aos avanços atuais, acreditam que a cura chegará até 2020.
Entre as pesquisas aplicadas em busca da cura, o principal foco da instituição atualmente é desenvolver um método para acabar com os reservatórios de HIV, já que entre os pacientes infectados que tomam medicamentos antirretrovirais, o vírus fica escondido e adormecido nesses reservatórios, e para os cientistas, o sucesso do tratamento só ocorrerá quando o HIV estiver completamente eliminado do corpo.
Kevin Robert Frost, o CEO da amfAR, contou que nos últimos 20 ou 30 anos, a bioengenharia obteve avanços incríveis que foram incentivados para o desenvolvimento de novas tecnologias e terapias que podem ajudar profundamente no tratamento e erradicação de doenças, e muitas dessas tecnologias estão sendo direcionadas ao foco da cura do HIV, gerando boas expectativas nesse sentido.
Em fevereiro de 2017, a entidade anunciou uma nova rodada de investimentos somando um total de US$ 1,2 milhão para seis linhas de estudo diferentes, e a vice-presidente da instituição, a Ph.D Rowena Johnston, afirma que esses novos projetos inovadores vão, com certeza, resultar em estudos extraordinários em novas direções que provavelmente deixarão os cientistas mais próximos de seu objetivo.
A Universidade George Washington, nos Estados Unidos, também possui testes avançados dentro da busca da solução para a doença, e sua principal aposta é usar as mesmas técnicas do tratamento do câncer também no combate ao HIV, baseando-se na imunoterapia, que foca na reprogramação do sistema imunológico do paciente como estratégia de cura.
Tal método "acorda" o vírus que está adormecido e escondido nas células e o destrói, e os cientistas acreditam que reduzindo ou eliminando os reservatórios de HIV do corpo da pessoa infectada, é possível alcançar efetivamente a cura do paciente. A universidade conta com 17 parceiros, entre laboratórios e instituições, nessa linha de pesquisa, e foi selecionada pela Martin Delaney, que financia projetos públicos e privados em busca da cura para o HIV, para receber recursos por 5 anos, e US$ 5,7 milhões já no primeiro ano.
Diante de toda essa busca, esperamos que a cura para o HIV esteja mais próxima do que imaginamos.
Fontes de conteúdo: R7, Imunolab, G1
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